"Olá, guardador de rebanhos,
Aí à beira da estrada,
Que te diz o vento que passa?
Que é vento, e que passa,
E que já passou antes,
E que passará depois.
E a ti o que te diz?
Muita cousa mais do que isso.
Fala-me de muitas outras cousas.
De memórias e de saudades
E de cousas que nunca foram.
Nunca ouviste passar o vento.
O vento só fala do vento.
O que lhe ouviste foi mentira,
E a mentira está em ti."
(Alberto Caeiro)
As vozes das cantoras
Há 10 anos
4 comentários:
Olá, tens toda razão em ter esse
poema como seu favorito, é
muito bonito e fala do vento,
o vento durante muito tempo
foi meu principal mensageiro,
entregava todos os meus sentimentos
nas asas do vento para que ele
de alguma forma leva-se tudo que
eu sentia até a pessoa que eu
amava, muitas vezes a química era
tão intensa que a pessoas mesmo
distante recebia e sentia tudo
que havia sido entregue nas asas do vento...
Valeu Robert... esse poema realmente é demais... mas o que mais me chama a atenção é a forma singela como o guardador de rebanhos vê o vento... da maneia como ele é... e o admira assim mesmo...
Essa maneira que o Alberto Caeiro ama a natureza é magnifica...
Obrigado por acessar o meu blog... abração...
Eu adoro poesia, tenho vários poemas escritos, adoro o Fernando Pessoa... Vc começou com o pé direito!!!
Abração!!! =)
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